domingo, 24 de maio de 2009

Classificação e Qualidade do Café

Para comemorar o dia nacional do café, 24 de maio, o post de hoje será informativo sobre um aspecto muito importante que é a classificação e qualidade dos grãos.
Apesar do Brasil ser um país bastante tradicional no cultivo de café, somente há alguns anos, o país possui um programa de qualidade com certificação do mesmo, sendo esta conscientização para uma produção de melhor nível, iniciada há 20 anos com a criação do selo Abic.
Nos lares brasileiros, a visão que se tinha é que o café de qualidade é um café "forte", e um café "puro" apenas os que eram destinados à exportação, segundo dados da Abic em 1988.
Hoje o café brasileiro já possui uma série de certificações que atestam sua qualidade e informam o consumidor sobre as características da bebida.

Os aspectos avaliados pela Abic são: sabor, corpo, aroma, tipo de bebida, torrefação e moagem. Este ainda é classificado em: Tradicional, Superior e Gourmet.
As informações sobre sabor, corpo, aroma, torrefação e moagem, já foram citadas em outros posts, valendo a pena dar uma lida novamente. Hoje será dada ênfase à classificação e tipo de bebida.
O café tem duas classificações distintas: por defeito e por qualidade.
A Tabela Oficial de Classificação da Bolsa de Café e Mercadorias informa a quantidade de defeitos que uma amostra de 300 gramas de café contém, estes podem ser grãos imperfeito e/ou impurezas, como: grãos pretos, pedras, paus, torrões, cascas, grãos ardidos, brocados, verdes, quebrados e defeituosos, sendo que cada tipo de impureza tem um peso, podendo ser classificado de 1 a 5 defeitos. De acordo com a amostra coletada, o café será enquadrado em uma escala de defeitos, classificando-o por tipo, como demonstrado a seguir:
Tipo/Defeitos
2 / 4
3 / 12
4 / 26
5 / 46
6 / 86
7 / 160
8 / 360


Já a classificação por qualidade é feita por provadores através de degustações, identificando o café de acordo com seu sabor e aromas, passando por um processo de torra e moagem específico para esta finalidade. A bebida pode ser classificada em:
Estritamente mole: sabor muito suave e adocicado
Mole: sabor suave e adocicado
Apenas mole: sabor suave, leve adstringência
Dura: sabor adstringente, gosto áspero
Riada: leve sabor típico de iodo
Rio: sabor forte e desagradável, lembrando os de bebida riada
Rio Zona: bebida de sabor e odor intoleráveis, com gosto acentuado de iodo
Fonte: Edgard Bressani - Juiz brasileiro certificado pela World Barista Championship


A Abic classifica o café para o consumidor em 3 tipos:
Cafés tradicionais: Café arábica com até 30% de café robusta. Apresentam até 20% de defeitos
Cafés Superiores: Café de boa qualidade, com no mínimo 85% de grão arábica. Apresentam até 10% de defeitos.
Cafés Gourmet ou Premium: Cafés diferenciados com alta qualidade e valor agregado superior. Possui 100% de grãos arábica e de procedência controlado. Não possuem defeitos.



Deve-se ressaltar que muitos cafés já possuem classificação e certificação pela Abic e outras entidades como: Cafés Sustentáveis do Brasil, Brazil Specialty Coffee Association, UTZ Certified, Rainforest Alliance, entre outras. Vai do consumidor escolher cafés com melhor qualidade e ter uma exigência maior, consumindo assim um produto com menos defeitos e sabor mais agradável.

Muitas dessas informações acima, encontramos impressas nas embalagens dos cafés e nós devemos saber interpretá-las para conhecermos mais sobre o produto que estamos consumindo.
Espero que este post ajude na escolha de bons cafés!

Um grande abraço,


Luiz Carlos Ongaratto

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Café com Leite - Dicas para preparar um Cappuccino

O leite é um dos principais parceiros do nosso café do dia a dia, estando presente diariamente na maioria dos lares brasileiros. O mesmo é um dos principais ingredientes para o preparo de bebidas com café, porém deve receber um tratamento especial para aproveitarmos todo o sabor e textura da bebida, pois o leite puro não tem uma harmonia muito grande com o café espresso antes de passar pelo processo de vaporização.

Antes de falar mais sobre esta técnica, é muito importante falar sobre a escolha do leite. É indispensável a utilização de um leite integral de boa qualidade (Tipo A), pois o mesmo terá a doçura e cremosidade desejadas.

A vaporização é uma técnica onde se colocar um jato de vapor em um recipiente com leite para obter mais cremosidade e fazer espuma de leite. Ele é encontrado em máquinas para espresso (uma haste de metal ou plástico, dependendo do modelo)

Para vaporizar o leite, devemos ter alguns acessórios que irão nos ajudar, como é o caso da leiteira. Quanto maior for a quantidade de leite vaporizado, maior deve ser a leiteira, porém eu prefiro uma leiteira pequena para ter mais controle no processo e não ferver o leite, acima da temperatura ideal. A temperatura ideal de vaporização é abaixo de 70ºC, é fácil de ser identificado: é o ponto máximo que você conseguirá segurar a leiteira sem queimar a mão.
Uma dica importante é sempre usar leite gelado na vaporização, pois o creme ficará mais consistente e mais firme, e nunca juntar leite fresco ao que já foi vaporizado, pois a formação do creme só se dá uma única vez.



A Vaporização

1-Acione o vaporizar de sua cafeteira e deixe-o ligado até que saia somente vapor, sem água. (Este processo demora mais em máquinas domésticas)

2-Insira a leiteira abaixo do bico do vaporizador, com este submerso no leite (uns 3cm) e abra totalmente o vapor.

3- O leite começará a se expandir, vá baixando aos poucos a leiteira. O leite praticamente deverá ter dobrado de volume.

4- Agora afunde o vaporizador completamente na leiteira, a incline e faça com que o leite se misture totalmente para que fique uniforme: sem separação de espuma e leite.

5- Desligue o vaporização e mexa a leiteira para eliminar as bolhas, você poderá bater a base a leiteira para ajudar na homogeinização



O Cappuccino

O cappuccino tem origem italiana, dos frades cappuccinos ou capuchinos (Brasil), de origem franciscana. O nome desta bebida remete aos frades por remeter à cor dos seus hábitos e o círculo marrom do café, lembra o corte de cabelo utilizado pelos mesmos.

A receita original possui somente leite e café espresso em sua composição, o uso de canela e chocolate é uma variação comum no Brasil, porém não mundialmente.

A dica de hoje é um preparo de cappuccino tradicional, porém pode ser adicionado de chocolate e especiarias de acordo com sua preferência.



Cappuccino Tradicional

1- Faça um leite vaporizado assim como o demonstrado anteriormente.

2- Faça um espresso como de costume, em uma xícara ou shot glass apropriados para café.

3- Pegue uma xícara para cappuccino, adicione o café e posteriormente o leite vaporizado. Basta servir.

(Uma colher pode ser utilizada para auxiliar a retirar a espuma de leite)


Assista ao vídeo e veja como é simples a vaporização do leite!




Um abraço,

Luiz Carlos Ongaratto

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Como apreciar um bom café

Há alguns dias, amigos me pediram para que colocasse um post ensinando como apreciar um bom café, o que devemos levar em conta na hora do preparo, as formas de preparo, os sabores, aromas, entre outras qualidades. Muito se deve ao fato dessas informações estarem um pouco perdidas no blog, ou pela falta de conhecimento para conseguirem sentir o sabor descrito nas postagens anteriores.
Sendo assim, vou dedicar uma série de postagens que vão desde os tipos de café, preparo e degustação, creio que assim, muitas dúvidas poderão ser tiradas e nós poderemos consumir um café com mais qualidade e propriedade na classificação.

Hoje, falarei um pouco sobre as formas de preparo e os tipos de café que deve ser empregado em cada uma delas, pois não podemos fazer um café espresso, com um café preparado para coador, por exemplo.

Métodos de preparo do Café

Coador: Mais popular no Brasil, e também o mais simples. Basta adicionar o pó no filtro de pano ou de papel e água quente, porém nunca deve-se deixar a água ferver ou misturá-la com o pó, pois com o contato prolongado a bebida tente a ficar com sabor amargo e desagradável, também não se deve torcer o coador ou mexer com a colher. Quando bem preparada, terá um sabor suave.

Cafeteira Elétrica: Mais prático e cada vez mais utilizado. O método é o mesmo descrito acima, porém a máquina já fornece a água na temperatura certa e passa pelo filtro com o pó, sendo armazenada em um recipiente aquecido, logo abaixo.

Café Solúvel: Basta adicionar água quente ao pó. É mais comum o seu consumo em países com baixa tradição no consumo de café, como a Rússia, mas também é consumido no Brasil, muitas vezes misturando-se no leite, porém quando preparado puro, com água, tem sabor amargo e desagradável a paladares mais exigentes.
Cafeteira Italiana (Mocha): Esta cafeteira faz um café bem próximo ao espresso, uma bebida mais forte. A Mocha possuiu 3 partes: o inferior, onde colocamos água, no meio, onde localiza-se o filtro, colocamos o café, e o terceiro, onde após levarmos ao fogo, o vapor d'água sobre, passa pelo café e pelo filtro, e fica pronto, sendo armazenado no mesmo, pronto para consumo. Dica: Quando iniciar a fervura da água e o café começar a passar pela Cafeteira, você irá ouvir um barulho típico de borbulhas, e quando esse barulho se encerrar (aguarde uns 15 segundos de espaçamento), o café estará pronto.

Cona Vácuo (Balão de Vidro): Esse método não é tão comum no Brasil, porém é bem interessante (como podemos ver na foto): Dois balões de vidro, conectados com um filtro entre eles, embaixo há uma chama. Coloca-se o pó de café na parte de cima, acendemos a chama na parte inferior, e a água evaporará para a parte superior, misturando-se com o café, logo em seguida deve ser desligada a chama. O café passará pelo filtro e quando esta operação terminar, estará pronto, assim, tiramos a parte de cima e servimos o café.
Prensa Francesa (French Press): Bem conhecido na Europa, este sistema utiliza um êmbolo para separar o pó (borra) do café. Geralmente se coloca 4 colheres de café em pó e água fervente. Após um certo tempo, em torno de 5 minutos, pressiona-se o filtro até o final, onde o café filtrado fica na parte de cima e a borra fica no fundo, separada, após esta operação, está pronto para servir. Este método é considerado por muitos europeus (creio que os franceses, por inveja dos italianos que inventaram o Espresso e a Mocha) o único método de tomar café, podendo apreciar uma bebida de qualidade, creio que valha a pena testar...

Espresso: Este método é o que mais evolui com o tempo, e o único que permite retirar do café todo seu potencial, extraindo óleos do grão, aroma, sabor, corpo e características únicas, o que merece um post só para ele...somente pra explicar o seu funcionamento....


Tipo de Moagem para cada método:

Um ponto importante para o preparo correto do café é o tipo de moagem. Cada método tem um tempo de contato da água com o pó, extraindo assim, o melhor do sabor de café. No caso de prepararmos um espresso, com moagem grossa, a bebida ficará fraca, devido ao tempo de contato que é bem curto; o inverso também acontece se colocarmos uma moagem fina para preparar um café na Mocha, onde o pó passará para a bebida, além de dar um gosto mais amargo e forte ao café.
Fina: Exclusiva para Espresso
Média: Para filtração (filtro de papel, coador)
Grossa: Cafeteira Italiana (Mocha) e French Press.

Fonte: Guia do Barista. 2a. Edição

Espero que algumas das dúvidas ou curiosidades tenham sido atendidas.
Caso queiram saber mais detalhes, deixem um comentário ou enviem um e-mail para mim, ok?

Um grande abraço,
Luiz Carlos Ongaratto

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O sabor brasileiro de café

No Brasil, o café é produzido em apenas algumas regiões, cada uma com características bem definidas devido à variação de grãos, solo, clima e outras peculiaridades de cada local.
O post de hoje falará um pouco sobre cada uma dessas regiões e qual a melhor forma de misturar esses grãos para obter blends perfeitos e experiências de sabor.
O blend é uma mistura de grãos ou cafés, podendo ser das mais diversas regiões do Brasil e do mundo, através dele podemos desenvolver uma bebida que agrade os mais diversos paladares, onde pode-se "corrigir" um café, adicionando mais corpo, aroma, aftertaste, acidez, adstringência etc.

Cada café possui um sabor muito peculiar, cabendo ao barista saber extrair e combinar o melhor dos grãos e diferentes torras, fazendo assim uma bebida balanceada sem exageros
Os blends mais populares são feitos com grãos verdes e, posteriormente, torrados uniformemente, o que compromete o sabor, pois cada café tem o seu tempo de torra ideal para liberar todo o aroma e sabor, o que acaba não ocorrendo.

Os blends especiais tipo gourmet são feitos com grãos torrados separadamente, e posteriormente misturados em quantidade ilimitada, de acordo com o tipo de bebida desejado.

Basicamente este processo dá-se da seguinte forma: um café-base, que compões 30%-60% do blend, geralmente um café neutro, com baixa acidez, leve doçura e sem notas pronunciadas; neste café é inserido os cafés reguladores, que vão dar os toques e notas, além de acidez, adstringência e aroma desejados. O Brasil é um grande exportador de cafés-base para os blends do mundo todo, pois possui as características mencionadas, com alta qualidade nos grãos, além de uma boa relação custo-benefício.
Abaixo segue uma lista das regiões produtoras do Brasil, com cada característica do café das regiões, assim, podemos ter uma noção melhor do produto que estamos comprando no supermercado ou loja especializada, e saber decifrar as informações que estão nas embalagens, sempre muito preciosas.

Terroir do Brasil

Sul de Minas (Montanhas): Corpo aveludado, acidez alta, adocicado, com notas de caramelo, chocolate, amêndoa, cítricas e frutadas.
Sul de Minas (Sudoeste): Corpo médio, acidez alta, levemente adocicado, com notas florais e cítricas.
Norte do Paraná: Corpo médio, doce, com acidez média e notas de chocolate e caramelo.
Cerrado Mineiro: Encorpado e com acidez de média a baixa, aroma e sabor adocicados, com notas de chocolate.
Alta Sorocabana(SP): Corpo médio, elegante, com acidez cítrica, aromas de erva-cidreira e capim-limão e finalização adocicada.
Matas de Minas (Norte): Corpo médio e com acidez alta e notas cítricas.
Média Mogiana (SP): Encorpado, com acidez média e notas de chocolate e cítricas.
Planalto de Bahia: Encorpado e aveludado, adocicado, com acidez cítrica, notas de nozes e chocolate e final prolongado.
Alta Mogiana (SP): Encorpado, com acidez alta e notas de chocolate, caramelo e cítricas.
Montanhas do Espírito Santo: Encorpado e com acidez de média a alta, apresenta doçura e boa complexidade de aromas.
Matas de Minhas (Sul): Corpo médio a encorpado, acidez moderada, doçura alta, com aroma de achocolatado e sabor cítrico.
Alta Paulista (SP): Pouco corpo, com baixa acidez.
Oeste da Bahia: Encorpado, com baixa acidez.


Fonte: Revista Espresso nº23. Para assinar : http://www.revistaespresso.com.br/ - Ótima revista pra quem é um amante do café, bem informativa e com matérias interessantes.

Espero que tenham gostado, na próxima semana dedicarei um espaço só para os cafés internacionais e informações de mercado.

Um abraço,
Luiz Carlos Ongaratto


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Café Cultura, o melhor de Recife

Nesta terça feira (05/05), minha namorada, eu e um amigo, resolvemos criar um pouco de conteúdo para postar no blog, alguma coisa mais prática para vocês, sem posts muito técnicos, receitas ou "acompanhantes" do café.
Fomos ao Café Cultura, que fica na Livraria Cultura no Paço Alfândega, um dos mais importantes pontos turísticos da cidade de Recife-PE, no bairro do Recife Antigo.


Chegamos lá e pedimos o menu, composto por espressos especiais e outras receitas de café, desenvolvidas pelo barista da casa. Decidimos pedir os espressos com grãos da Suplicy Cafés Especiais, um dos carros-chefe do cardápio, os quais são disponíveis com a torra clara, média, escura e um blend com 80% de torra escura com 20% de torra média.

Iniciamos pelo torra clara e torra média, ambos muito bem tirados, com a crema duradoura e de cor de avelã com reflexos avermelhados e tons de marrom-escuro. Assim que terminamos os cafés, uma das proprietárias do Café Cultura, Ana Claudia Benfato, veio nos atender, perguntando se tínhamos apreciado a bebida, e nos perguntou se estávamos fazendo alguma experiência, creio que ela percebeu que nós cheirávamos o café, e a cada gole, fazíamos alguns comentários sobre o sabor, corpo, aroma, etc. Ela nos atendeu muito bem e nos explicou cada etapa do processo para tirar um espresso perfeito, além de falar um pouco mais sobre as torras e os cafés oferecidos pelo estabelecimento. Ainda nos sugeriu, depois de ouvir a nossa opinião sobre os cafés, provar os outros espressos da casa: um blend e um torra escura, mais encorpados, com menos acidez e mais equilibrados, de acordo com nossos gostos.

Ana Claudia ainda nos contou sobre o hábito do Recifense em tomar café, onde no início foi bem difícil agradar os clientes, pois não conheciam muito os sabores do espresso, e muitas vezes tinham medo de pedir, por pensar que tinham um sabor muito forte. Porém ela nos contou que hoje, o consumidor está muito mais exigente em relação ao café, em relação ao sabor, aroma, crema, corpo, o que demanda muito mais qualidade e inovação por parte do Café.


Então a dica de hoje é o Café Cultura, sem dúvida o melhor café de Recife, na opinião de muitos apreciadores, que inclusive devem usar o pretexto de ir na livraria só para tomar um café.

Queria deixar nossos agredecimentos à Ana, que nos atendeu muito bem e deu um grande apoio ao blog Espaço do Café.

Nota:
Cafés Suplicy
Torra Clara: café mais "suave" com menos corpo, sabor frutado, com alta acidez. Vem da Fazenda Santa Izabel, Ouro Fino, Sul de Minas.
Torra Média: sabor mais equilibrado, bom corpo, baixa acidez. Vem da Fazenda Santa Izabel, Ouro Fino, Sul de Minas, também.
Torra Escura: sabor mais forte, bom corpo, notas de chocolate. Vem da Fazenda Castelhana, Monte Carmelo, Cerrado de Minas.
Para você que não mora em Recife, acesse o site www.suplicycafes.com.br e veja se alguma cafeteria em sua cidade trabalha com os cafés Suplicy, ou se desejar, entre na loja virtual deles, para fazer as suas próprias criações em casa.
Um abraço,
Luiz Carlos Ongaratto

terça-feira, 5 de maio de 2009

Do Renascimento à Idade Contemporânea

Outro dia estava em casa com alguns amigos, fiz um jantar e estávamos já no cafézinho e licores, passava das 2h da manhã...não tínhamos nada mais pra conversar, principalmente os que perderam a partida de poker. Decidimos então ler o rótulo dos licores, com certeza dali poderia sair alguma coisa boa...
Pegamos a garrafa de Amaretto Disaronno (o melhor, em minha opinião) e vimos que ele foi criado em 1525..peraí...nessa época o Brasil mal tinha sido "descoberto", e já se produziam bebidas como estas na Europa! Ficamos curiosos pra saber mais sobre uma bebida que nasceu durante o Renascimento, na Itália.
Segundo diz a lenda, um ilustre pupilo de Leonardo da Vinci, Bernardino Luini, foi convidado a pintar um Fresco da Madonna dei Miracoli, em Saronno (onde está lá até hoje).
Para inspirá-lo, ele escolheu como musa, uma habitante local, e num sinal de gratidão, ela lhe deu essa bebida: um licor laranjado, delicado e com um perfume inconfundível.
Acreditando na lenda ou não, o Amaretto foi uma bebida que surgiu e acompanhou diversas Eras e movimentos culturais na Europa e no mundo, e que nos encanta até hoje com seu aroma e sabor, que combinam perfeitamente com café espresso, capuccino e outros drinks.
A dica de hoje são 2 drinks com café... Amaretto Sour e o Disaronno Clássico
Disaronno Clássico
Uma dose de licor Amaretto
Um espresso de 50ml
Uma colher de café de açúcar
Creme
Grãos de café, para decorar
Preparo: Misture o licor e o espresso com açúcar, coloque em uma taça e finalize com o creme. Use os grãos de café para decorar
Amaretto Sour
15ml de Amaretto
1 espresso de 50ml
360ml de leite
Preparo: Em um copo baixo, como o de caipirinha, coloque o amaretto e o café espresso. Vaporize o leite e adicione-o.
Dica: Vaporize o leite gelado para formar uma espuma mais densa e consistente.

Espero que tenham gostado do post de hoje, aguardo seus comentários....
Um abraço

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A torra do café e a influência no seu sabor...

Todos nós quando vamos comprar um bom café ou no supermercado, padaria, delicatessen ou loja especializada, nos deparamos com uma informação muito importante, porém nem sempre podendo ser analisada por todos, devido ao desconhecimento ou falta de orientações do próprio vendedor: a torra do café.
Saber qual tipo de torra o café sofreu é determinante na escolha de um sabor que agrade o seu paladar, pois o aroma e sabor são definidos nesse processo. Outro ponto importantíssimo a ser observado é se o café possui uma boa qualidade, porque no processo de torra, os defeitos do café são evidenciados, produzindo uma bebida de sabor nada agradável.

Os graus de torra possuem uma escala definida pela SCAA (Specialty Coffee Association of America - Associação Americana de Cafés Especiais) e pela Agtron, uma empresa norte-americana que produz equipamentos para seleção de café.
Existe um padrão produzido pela SCAA e Agtron chamado Sistema Agtron/SCAA Roast Classification Color Disk, constituído por 8 discos com diversos tons de marrom, onde cada uma possui um número referente aos graus de torra do café. Esses números vão de 25 a 95 em ordem decrescente de torra e cada um corresponde a uma temperatura, por exemplo o Agtron 45 corresponde a 235ºC, já o 65 entre 215ºC e 220ºC.
De acordo com a preferência do país, há uma variação no número da torra, por exemplo, no Brasil a preferência de torra é entre 45 (moderadamente escuro) e 65 (médio claro), já na Itália a preferência é por torras bem mais escuras.



O que você precisa saber ....

São 3 aspectos a serem observados na degustação do café em relação a torra. Acidez, Corpo e Aroma.

Acidez: Quanto mais escura a torra, menos ácido será o café. Porém em um café mal selecionado, uma torra escura provocará adstringência.
Corpo: O café é mais encorpado entre um torra média e marrom-escura. Já uma bem escura, o café perde corpo.
Aroma: Quanto mais leve a torra, a tendência é ter menos aroma. O ideal está entre uma torra média e média-escura, porém numa torra muito escura, o café perde aroma.

Dica 1: Um espresso ideal possui um blend de diversos cafés com torras em diferentes estágios para extrair o máximo de sabor e aroma para a bebida, aproveitando assim, as melhores qualidades de cada café. A Illy, por exemplo, possui blends com até 9 cafés de diferentes localidades no mundo e diferentes torras.
Dica 2: Prove o máximo de cafés que puder, pergunte ao barista qual o blend que ele fez e se há diferentes torras nos cafés utilizados.

Curiosidade: Mais de 700 substâncias aromáticas são liberadas após a torra do café.

Fonte: Guia do Barista - Café Editora

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Espresso Fácil de Servir

Você conhece o jeito mais fácil de fazer um espresso (expresso)?
O Sistema E.S.E Easy Serving Espresso, (Café em Sachê) já é um conhecido de algum tempo dos amantes do café. Esta tecnologia é utilizada para simplificar a preparação de um espresso de excelente qualidade, onde 7 gramas de café em pó são prensados e hermeticamente selados entre duas finas camadas de filtros de papel.
Este produto veio resolver diversos incômodos na preparação do café, como por exemplo na escolha de um blend errado, desperdício de café, dosagem e prensagem erradas.
O E.S.E veio beneficiar o consumidor em diversos aspectos, principalmente na possibilidade de ter blends vindos de inúmeras regiões do mundo, em pequenas quantidades para degustação, sem desperdícios ou perdas pela falta de um consumo maior, e com a garantia da qualidade de um café moído na hora, com todas as propriedades conservadas.
Hoje, diversas marcas de máquinas para espresso já são compatíveis com este sistema, o que é uma grande vantagem comparada com os sistemas de cápsulas, onde o consumidor fica refém do produtor tanto na escolha dos cafés consumidos, quanto no preço, que é geralmente mais caro, sem mencionar que essas cápsulas de marcas como Lavazza, Illy, Nespresso, entre outras, não são encontradas facilmente em todas as regiões do Brasil.
Então fica a dica para comprar a sua máquina de café, o sistema E.S.E, ou café em sache pode ser um grande aliado na hora de tomar um espresso a qualquer hora, sem preocupações.